Ondas Do amor
Escrita por: Ezel Lemos
Capítulo 55
NO CAPÍTULO ANTERIOR
VEJA AGORA O CAPÍTULO DE HOJE
CENA1:
(INT/ Delegacia, sala de visitas: Alcides e Karina estão cara a cara, ambos com raiva, policial entra)
Policial: Sem briga aqui!
Karina: (ignorante) Tá desculpa!
Alcides: Você não sabe administrar dinheiro, logo vai falir. Aí eu quero ver você ter de trabalhar para se manter. Mas de que você vai trabalhar se desistiu das faculdades que começava.
Karina: Eu não vou falir. Não sou tão burra quanto pensa. Além do mais, vou me casar com o Dinho quando ele sair do coma.
Alcides: Ah, conseguiu tirar ele da Patrícia?
Karina: Minha mãe é carta fora do baralho! Ele terá que se casar comigo para sua avó não morrer.
(Alcides começa a dar risadas)
Alcides: (rindo) Você tá obrigando ele a se casar com você?
Karina: Melhor que você que não conseguiu segurar o casamento.
(Alcides fica sério)
Alcides: (sério) Pois saiba que eu não vou deixar esse casamento acontecer! Dinho não vai ficar com nenhuma de vocês duas! Eu quero ele morto!
(Close em Karina séria)
CENA2:
(INT/ Mansão Falcão, quarto com Stela desmaiada no chão: Doralice entra com bandeja e se assusta ao ver Stela no chão)
Doralice: (assustada) Meu Deus! Stela, o que aconteceu?
(Doralice analisa Stela)
Doralice: Ela tá desmaiada. Vou chamar ambulância.
CENA3:
(INT/ Casa isolada: Darinha está triste no sofá e Lucas assuste desenho na televisão e passa a observá-la)
Lucas: Dona Darinha, fica tranquila, o Dinho vai ficar bem.
Darinha: Não vou ficar bem enquanto não tiver com meu neto.
Lucas: Eu não posso deixar a senhora ir. Senão a Karina não me paga o restante da grana.
Darinha: (chateada) Você não tem amor no coração. Seu fim vai ser como aqueles bandidos que passam na TV.
Lucas: Oh, a senhora tá me jogando praga.
Darinha: Não é nenhuma praga. Você sabe que o caminho do crime, da bandidagem só leva a isso. Você faz tudo isso por dinheiro, mas esse dinheiro é amaldiçoado, ele não dura. E você ainda corre o risco de ser morto. Acha que quando a Karina não precisar de você, ela não vai te matar?
Lucas: Já chega! Eu vou levar a senhora pra vila. Mas vai ficar lá em casa, porque se a Karina a vir, vai querer sequestrá-la outra vez.
Darinha: (animada) Você tá falando sério?
Lucas: Sim, vamos.
CENA4:
(INT/ Hospital, quarto de Dinho: Pascoal entra e ver Dinho na cama)
Pascoal: Dinho. Você é forte meu amigo. Você tem que lutar para voltar com tudo.
(Magnólia entra no quarto)
Pascoal: Você aqui?
Magnólia: Sim, ele já sabe quem eu sou. Estou cuidando do meu filho.
Pascoal: E ele aceitou você, de boa?
Magnólia: Não. A Darinha falou pra ele que eu matei o pai dele. Com isso meu filho estava resistente em me perdoar.
Pascoal: Ele é um bom homem.
Magnólia: Eu sei.
CENA5:
(INT/ Delegacia, recepção: Patrícia e Levy se encontram)
Levy: Olá, estava a esperando.
Patrícia: Atrasei um pouco por causa do trânsito.
Levy: Tudo bem, vamos lá.
Patrícia: Sim.
Agente: Oi, posso ajudá-los?
Levy: Eu e minha cliente precisamos falar com o delegado.
Agente: Claro, podem vim.
(O agente leva os até a sala do delegado)
Agente: Delegado, esse advogado e sua cliente querem falar com o senhor.
(O delegado demonstra insatisfação e Levy entra na sala com Patrícia)
Delegado: Sentem-se então. O que desejam?
Levy: Delegado, minha cliente fez há vários dias uma denúncia por agressão e cárcere, contra o ex-marido Alcides Falcão Pacheco. E ao avaliar essa denúncia com o ministério público, simplesmente não há registro da mesma.
Patrícia: (indignada) Eu quero uma explicação, porque a denúncia eu fiz, tenho até uma amiga de testemunha.
Delegado: A senhora se contenha!
Levy: Delegado, eu espero que o senhor tenha uma explicação plausível para isso.
Delegado: Bem, você sabe que as denúncias são encaminhadas ao ministério, mas não são resolvidas de imediato, elas demandam certo tempo.
Levy: Delegado, eu não questiono a resolução da denúncia, mas sim a sua comprovação. Essa denúncia foi feita e ela tem que constar lá no ministério público.
Delegado: Eu posso ver o que aconteceu.
Levy: Mas lhe aviso desde já, que se foi algum equívoco de sua parte, esse é um erro muito grave.
(Ouve-se um pequeno toque de mensagem, Patrícia olha o celular e ler a mensagem na tela do aparelho: REMETENTE: Doralice... MENSAGEM: Patrícia, a Stela teve um desmaio e foi para o hospital.)
Patrícia: (preocupada) Minha filha! Eu tenho que ir.
Levy: O que houve com sua filha?
Patrícia: (preocupada) Não sei, mas eu tenho que ir.
Levy: Eu vou com você.
Delegado: Pode deixar que vou resolver o problema com a denúncia.
Levy: Assim espero, delegado.
(Patrícia e Levy saem da sala e vai embora, o delegado fica chateado)
Delegado: (chateado) Que droga!
CENA6:
(INT/ Rodovia, Lucas vai de carro, ele dirige. Darinha vai no banco do passageiro)
Lucas: Logo chegaremos.
Darinha: Eu tô tão feliz que vou pra minha casinha.
Lucas: Oh!
Darinha: Bem, vou para perto da minha casa. Isso já tá bom demais.
Lucas: A senhora não vai me denunciar, não é?
Darinha: Não. Mas porque me ajudou.
Lucas: Obrigado.
CENA7:
(INT/ Hospital, quarto de Stela, Hudson entra preocupado e a encontra na cama, acordada)
Hudson: Meu amor, como você está?
Stela: Hudinho. Tô bem.
Hudson: Que bom, tive tanto medo de você perder nosso filho.
Stela: (triste) Meu amor, eu tô bem. Mas nosso filho… Nós perdemos.
Hudson: (triste) Não acredito.
Stela: Mas vamos engravidar outra vez.
(Patrícia chega no quarto)
Patrícia: Oi minha filha, como está você?
Stela: Mãe, que bom que você veio.
CENA8:
(INT/ Delegacia, sala de visitas: Alcides e o delegado estão sentado na mesa)
Alcides: Para você ter me chamado aqui, deve ter acontecido algo sério.
Delegado: Sim, não é nada bom o que eu tenho pra te falar.
Alcides: Desembucha logo!
Delegado: Sua mulher veio com o advogado, para checar se a queixa foi encaminhada ao ministério.
Alcides: (chateado) Não é possível! A troco de quê ela quis saber isso? Patrícia sempre foi uma mosca morta. Nunca se importou com nada.
Delegado: Será que não é para conseguir o divórcio? Sabe que pelo litigioso isso conta.
Alcides: Não sei.
Delegado: O fato é que tive de encaminhar a denúncia dela. Mas você tem muitos amigos na área da justiça.
Alcides: (com raiva) Querem me deixar preso pro resto da vida! Mas não vão conseguir!
CENA9:
(INT/ Vila, Lanchonete de Do céu: Anderson faz lanche na lanchonete e Júlia está próxima da mesa dele)
Júlia: Então, você gostou?
Anderson: (simpático) Nossa, essa coxinha tá maravilhosa. Você é uma expert na culinária vegana. Olha a Úrsula estava certíssima em me recomendar.
(Lucas entra na lanchonete com Darinha e surpreende ao vê-lo, Lucas vai falar com Do céu)
Lucas: Mãe, a porta do lado tá fechada ?
Do céu: (surpresa) O que você faz aqui? Você não estava preso?
Lucas: Faz dias que saí da prisão. Preciso esconder dona Darinha aqui.
Do céu: Como assim esconder?
(Anderson ver Lucas no balcão e vai tirar satisfação)
Anderson: Ei, o que você faz aqui, seu assassino? Como a justiça pode ser tão ingênua?
Lucas: Olha aqui, eu não…
Anderson: Olha aqui você, saiba que vou estar de olho em cada passo que você der.
CENA 10:
(INT/ Velasques Sports, sala de Karina: Karina chega na sala e coloca sua bolsa na mesa, ela senta na cadeira e logo Ricardo entra na sala.
Ricardo: Karina.
Karina: Oi Ricardo, o que é? Fala rápido que estou com uma dor de cabeça horrível.
Ricardo: Já não será necessário você vir trabalhar.
Karina: E, porque?
Ricardo: Já falei com seu pai e fiz um acordo para comprar a parte dele, aqui na agência.
Karina: Você poderia ter poupado seu trabalho e falado comigo.
Ricardo: Eu tentei, mas você não veio para empresa esses dias. Mas está resolvido.
Karina: Não está nada resolvido! Caso não saiba, eu estou comandando os bens do meu pai, é, ele me deu uma procuração com todos os direitos.
Ricardo: (surpreso) Mas você não concorda, que é o melhor?
Karina: (séria) Não Ricardo, eu não vou vender minha parte na agência para você. Não vou!
(Close em Ricardo sério, a imagem faz movimento de ondas)